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habitação social em paraisópolis

 

equipe paula saito

orientador álvaro puntoni

ano de projeto 2012

Dando continuidade ao projeto de habitação social no Cantinho do Céu, o projeto de habitação social em Paraisópolis tem como mote uma habitação mais digna, deixando de lado o padrão da SEHAB de 50m2, para introduzir uma metragem de 75m2, acessível ao cadeirante. 

 

A proposta da disciplina era de um complexo de predinhos habitacionais com 8 habitações cada um: 4 andares mais térreo, dois aprtamentos por andar, sem elevador. O espaço para um elevador que poderia ser instalado futuramente, porém, era obrigatório. Ainda dentro do exercício proposto, o terreno já estava pré-definido: deveria se inserir dentro do projeto de desenho urbano para o Córrego do Antonico, desenhado pelo escritório de arquitetura MMBB. Este córrego, na época, era um esgoto a céu aberto, coberto tanto por barracos de madeira quanto por casas e às vezes vielas inteiras de alvenaria. O projeto do MMBB previa destamponar o rio onde ele estivesse canalizado e tranformar suas margens em um parque linear, criando lagoas onde se criariam centralidades comerciais, praças arborizadas e habitações.

 

O projeto proposto é também em estrutura metálica, mas é ainda mais radical, pois propõe um apartamento sem revestimentos, tendo forro apenas nas duas pontas onde se concentram as instalações hidráulicas que correm verticalmente aparentes pelas laterais externas dos apartamentos. As lajes são de steel deck, que vence o vão maior de 5m. A idéia é que não se fure a laje nunca, por isso os pilares correm por fora das vigas e o travamento vertical também (nas duas laterais e entre os eixos das pontas na fachada maior).

 

Os eixos estruturais no sentido longitudinal são simétricos em relação à escada que está em balanço apoiando-se na viga que liga os dois blocos de apartamentos. Começam, a partir do fim da escada, com 1,9m entre si, e seguem de 3,5m em 3,5m (4 vãos) até que o vão de 1,9m se repete na outra ponta. 

 

A idéia da planta do apartamento é a de que um corredor de 1,4m distribua as funções em módulos independentes de lavar, comer, estar, dormir, e higienizar-se. Separando essas funções do corredor, estão portas de correr. Mas cada frente de cada cômodo pode abrigar uma extensão desse cômodo: quando se abrem as portas de correr e as portas dos ármarios, fecha-se o cômodo e a passagem (como nas casas térreas antigas de São Paulo), uma vez que a passagem e as portas dos ármarios da fachada tem portas da mesma largura. Assim, o corredor pode ser subdividido também em espaços semi-privativos,  passagens com um certo isolamento visual e acústico do restante da casa, lugares de estudo, leitura, ou mesmo extensão dos cômodos.

 

 

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